quarta-feira, 10 de junho de 2009

03:55am

A insônia mais uma vez uiva pra mim
E o tic-tac do relógio me irrita mais
A hora vai passando e eu nem vejo
Só escuto e só estou
Só eu acordada em casa

O corpo e o cérebro estão brigando nesse momento
O primeiro tá cansado e deseja esticar-se no colchão
Mas o cérebro, senhor de si, não quer parar nem descansar
A todo vapor, em plena madrugada, ele imagina, reflete, questiona

Então os ossos, músculos e nervos - indignados - rebelam-se
E vêm as dores
O estômago se junta a eles e começa a roncar
Mas o órgão da razão chega à conclusão que levantar pra pegar comida e depois re-escovar os dentes não valeria tão a pena nesse frio.
Fiquemos embaixo do cobertor, mesmo.

Se me visse agora, minha mãe diria: "É toda ao contrário, essa menina!"
Vai lá, cérebro, explica pra ela!
Que não é de propósito.
Que eu não escolhi.
Afinal, a culpa é sua.
Onde é o botão pra desligar você?

Um comentário:

  1. Cérebro, complicado, senhor de si. Cheio de razão, de dúvidas, de vontades. Alheio ao resto de tudo o que também é você. Mas as minhas noites de insônia são bem produtivas. Mesmo que dedos, braços e todo o resto esteja doendo, é nesse momento que o meu cérebro dita o ritmo, manda nas horas e se sente à vontade pra trabalhar. Quem é que vai tentar entender? Eu que não sou...

    Bacana, mano!

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